"Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro, seria esta": aproveite cada mísero segundo de seus dias fazendo aquilo que lhe traz contentamento. Não perca nunca a possibilidade de ser feliz, nem que para isso... OPA! Quase me pego dizendo "nem que para isso você tenha que passar sobre as leis humanas"! Mas, hey...será que faz sentido a apologia que fazemos ao "viver intensamente", sob esse ponto de vista?
A humanidade se vê cada vez mais distante dos valores morais, caminhamos para uma igualdade um tanto inaceitável (a meu ver) entre homens e mulheres e a ânsia de se viver cresce gradativamente, à medida que mais vítimas do acaso são feitas. E assim vamos agindo por instinto, deixamos que a situação "nos leve", nossos impulsos não são mais controlados... A ética? As lógicas do comportamento? Ah, essas nós esquecemos... Aliás, elas existem?
É assustador perceber que viver intensamente se confunde com agir irresponsavelmente. Se somos dotados de maravilhosa massa cerebral, façamos jus aos bilhões de neurônios que possuímos, usando-os! Certo? Podemos ser mais persuadidos pela nossa emoção, sem sermos inconseqüentes. A velha história do “pense, repense e tripense antes de agir”! Podemos cometer os mesmos deslizes mil vezes na nossa vida, mas as conseqüências, sem sombra de dúvida, serão cada vez piores até que se tornem irreversíveis (isso quando a situação não é piorada por erros cometidos que recaem sobre os outros! Não existe coisa mais mesquinha do que agir sem pensar no próximo). Aí, surge a dúvida: “a emoção supera a razão quando eu penso, repenso e tripenso os atos? Isso não faz sentido!”. Era para não fazer. Mas faz.
Quantas vezes a minha razão dizia pra mim que eu não deveria ir ao lugar X por causa da coisa Y que ia me incomodar e a minha emoção dizia “vai, anda, vaaai!”. Minha razão, dando-se por vencida, decidia-se por aconselhar meu coração, falando pelo canto da boca: “ok, vai...mas não fique perto da pessoa Z e nem faça a coisa W que será mais seguro!”. Pronto! Minha emoção vencia e eu aliava tudo nos trinques, proporcionando a mim momentos de pura curtição!
Sensatez é a palavra-chave! A palavra-chave que no milênio anda em falta... Até que ponto as pessoas conseguirão chegar andando sem medir os passos, aos saltos? Quando tudo fizer de mim partida, espero poder chegar lá em cima com a consciência tranqüila: vivi, mas soube aliar minhas vontades aos meus deveres, meu prazer à minha razão!
"E quando eu juntar as coisas num balaio,
Partir que nem um raio
Deixar a dor dormida,
Vou precisar fazer de conta que é da lida,
Não acenar procê na hora da saída
Nem olhar os olhinhos vivos de quem fica
Fingindo que não vê a dura dor da ida..."
(Zebeto Corrêa e Bartholomeu Mendonça)

Lucas Santana - Mensagem de Amor.
.:: Por Louise Gracielle, às 9:31 PM.