Brokenídea


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Louise Gracielle.

Em 2010, milênios desde a última postagem no blog, com 22 anos. ;)

I've been stretching my
mouth to let those big words
come right out!


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.:: sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Pedregulhos

  • Sentimental, Eu Sou... #1


Certa vez, me senti uma montanha, daquelas fortes, gigantes e robustas.
Senti-me implacável e incapaz de ser destruída; mas por fim, me vi desmoronar.
Pedras e pedaços de mim caíam violentamente para o chão e perdi toda a minha forma.
O que antes parecia atingir o céu, romper o horizonte, se tornou um monte de pedregulho.
Daqui de baixo é fácil me chutarem, me pisarem, me levarem, me atingirem.
Quando se está pequeno e vulnerável as pessoas te chutam e lançam para longe os seus pedaços.
Quando grandioso e imponente como uma montanha, as pessoas te atingem, te exploram e escalam suas virtudes, mas sem querer ou poder te destruir.
Preciso juntar meus pedregulhos.

( Por Luciana Calovi . )


Construiu a montanha por anos a fio, em total dedicação e afinco. Alguns chegaram dando seus golpes baixos, para derrubarem seus alicerces. Descobriu-se, então, inabalável por dentro: pedregulhos rolavam pela força das batidas, revelando a caverna que seu eu mais íntimo escondia de vistas alheias. E as riquezas que guardava, para ódio e desgosto dos que a invejavam, acabaram fascinando multidões - enquanto eles continuavam a fazer pedregulhos e mais pedregulhos rolarem morro abaixo...


"Já conheço as pedras do caminho..."

(Tom Jobim)


Paulinho Moska - A Seta e o Alvo.



.:: Por Louise Gracielle, às 7:42 PM.




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.:: sábado, fevereiro 12, 2005

Flores Em Tudo Que Vemos

[introdução]

Ele me irrita na Internet, faz de tudo para me ver nervosa, enche meu computador de músicas do George Harrison, acusa minha pobre pessoa de não gostar de Beatles (só por não ser maníaca), insinua que não tenho bom gosto musical (ele só gosta de bandas antigas também!), adora Chaves e Chapolim (né, Chabrunim Carlorado?), chama-me de "fresca" por vezes, mas - sabem como é - é tudo porque ele me adora e não consegue assumir! [Brincadeirinha, Bruno! "Take it easy, life is beautiful, but the world is not enough..." (ahn?)]

Com vocês...Sir. Bruno Carlos! E um daqueles textos pra gente babar no teclado... (Não é à toa que vai fazer Comunicação!)

[/introdução]

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Sempre me chamou a atenção aquela casa humilde, situada bem no centro de uma cidade de porte médio, onde eu morava já há alguns anos. Era um dos poucos e raros exemplos de um lar que resistiu à modernidade, embora soubéssemos que grandes construtores sempre tiveram uma grande ambição em adquirir aquele terreno e pagariam qualquer valor por ele. Era estranho ver aquela casa simples, com a pintura desgastada, destelhada e com as janelas já corroídas por cupins, bem no meio de prédios luxuosos, daqueles onde eu sempre sonhei morar. Mas sua simplicidade lhe trazia um charme especial e minha atenção acabava voltada para ela. Quando cheguei a esta cidade, porém, aos meus olhos não passava de uma casa perdida entre monumentos erguidos pelo homem.

Os prédios que ficavam ao lado eram como um sonho: grandes, modernos, robustos, lindos... É difícil descrevê-los. São como os edifícios que vemos nas novelas, aqueles mostrados para passar para o telespectador o grau de riqueza de tal personagem. Infelizmente, eu não tinha condições de viver em um lugar como esse, e o que era sonho continuou sendo apenas um sonho. Acabei me mudando para o prédio em frente, pouco luxuoso, onde vivia uma gentalha irritante, mas que me dava uma visão privilegiada daquele que, no futuro, seria o meu lar. Sonhar não custava nada. No fundo eu sabia que uma vida modesta não era o que eu queria, mas era o que eu podia ter. Passava horas e horas o admirando. Quando olhava para o lado e via aquela casa feia de tão simples, pensava: "Idiota. Podia vender o terreno e ganhar uma boa grana!". Porém, por estar tão encantado com aqueles prédios, até então nunca havia notado aquele jardim impecável, florido, com flores irradiando alegria. Havia flores de todos os tipos. Algumas eu sequer conhecia, embora eu gostasse um pouco de flores. Elas me passavam uma boa sensação.

Aos poucos, aquela casinha foi me deixando cada vez mais maravilhado. Qualquer um poderia se dizer infeliz por viver em um lugar tão pobre e nada aconchegante, mas aquelas flores pareciam satisfeitas. Só depois de muito tempo vi pela primeira vez o responsável por aquele espetáculo da natureza: um senhor já bastante debilitado, que caminhava com passos pequenos e lentos, sempre se apoiando nos troncos das árvores que cultivava, segurando o seu regador. A cena se repetia todo o santo dia: lentamente, o senhor deixava o seu lar; regava todas as plantas; beijava os lírios; conversava com as rosas; gargalhava de uma piada que eu adoraria ouvir (e as flores pareciam corresponder); dava um singelo sorriso, admirando a beleza de suas companheiras; voltava para casa e de lá não mais saía até o dia seguinte, quando repetia a ação. Depois fui descobrir que se tratava de uma pessoa sozinha e tinha nas plantas sua única companhia. Apesar disso, parecia ser feliz. Mesmo de longe via que seus olhos tinham um brilho diferente: mostrava pureza, sinceridade... Era completamente diferente das pessoas que eu estava acostumado a conhecer. Eu gostava de assistir àquela cena. Me fazia feliz, me acalmava... Era só dar uma volta pelas ruas para sentir a tensão das pessoas, o estresse, a ganância... Eu me sentia terrível por também ser assim. E cada vez mais eu admirava aquele homem, que não tinha ambições e era feliz com o que tinha.

Certo dia, ao chegar cansado do trabalho, me dirigi até a janela. Aquele senhor não saiu para regá-las. Os dias foram passando e as flores foram murchando, morrendo... Alguns dias depois, os tratores vieram completar o serviço e colocaram abaixo aquela casa humilde, que era um pedaço da vida daquele senhor. De um certo modo, era da minha também. Não sobrou mais nada! Apenas um terreno vazio, que meses depois hospedaria mais um prédio de luxo.

Eu não sei se aquele senhor era feliz. Eu não sei se ele se importava em estar sozinho. Sei que ninguém nunca se importou com ele, mas eu sim. Me ensinou a lição que guardo comigo até hoje: temos coisas maravilhosas no mundo. Feliz é aquele que sabe dar o devido valor a elas.

( Por
Bruno Carlos. )

"Há flores por todos os lados,
flores em tudo o que eu vejo..."

(Titãs)

George Harrison - Got My Mind Set On You.
[Em homenagem ao Bruno. Risos!]

PS.:
Fiz algumas atualizações em curto espaço de tempo, pois abandonarei a net semana que vem. Só para deixar avisado o futuro sumiço!


.:: Por Louise Gracielle, às 11:24 PM.




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.:: quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Broken Inside  

  • Espelho, espelho meu... #1 .
Eu não podia dizer a você por que ela se sentiu daquele jeito.
Ela sentia-se assim todos os dias
E eu não podia ajudá-la.
Eu acabei de vê-la cometer os mesmos erros de novo.
O que está errado, o que está errado agora?
Muitos, muitos problemas...
Não se sabe de onde ela veio, onde é o lugar dela.
Seus sentimentos ela esconde,
Seus sonhos ela não pode achar.
Ela está perdendo sua mente,
Ela está voltando atrás.
Ela não pode achar seu lugar,
Ela está perdendo sua fé,
Ela está caindo em desgraça,
Ela está totalmente perdida...
Ela está confusa, confusa em seu interior...
Ela é confusa, perdida em seu interior...

(Nobody's Home - Avril Lavigne)

Maroon 5 - She Will Be Loved.



.:: Por Louise Gracielle, às 9:59 PM.




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.:: segunda-feira, fevereiro 07, 2005

    Hell    

Convenhamos, eu merecia isso, sim: eu merecia viajar, sair da minha casa, ver meus amigos da outra cidade, ver o mar!!! Pero, os planos babaram... Quem mandou não telefonar pro seu tio antes, Louise?! Bem feito!

Gente, vocês não sabem como estou revoltada com o fato de não ter viajado nessas férias de verão! Mais uma vez as minhas suspeitas se confirmam: planos não foram feitos para Louise Gracielle. É melhor eu desistir de planejar, de sonhar, porque aí sim, as coisas boas acontecem, ao típico acaso!

Podem deixar que escreverei uma cartinha (ou melhor, bilhete - é só isso que ele merece!) ao Papai Noel, dizendo:

[aspas]

Querido Papai Noel [acalmem-se, eu não acredito no bom velhinho! Ele é mau mesmo!],

Em 2004, fui uma mocinha muito obediente, que cumpriu com suas obrigações de estudante, não desrespeitou os pais, fez novos amigos, foi educada etc e tal. [Aqui, vocês, leitores do blog, farão a cara de "que mentira!", aposto!] Fiz papel de anjo. [Mais uma expressão de "que cínica!" nos rostos de vocês!] E o que o senhor me deu em troca? Resposta: férias sem viagem como retribuição pelo meu bom papel!!! Mas tudo bem, Papai Noel...espere uma Louise encapetada em 2005, tá me ouvindo?!?!?!

[/aspas]

Verdade verdadeira? Estou irada³! E pra vocês verem como meu plano encapetado está dando certo (porque, não sei se lhes disse, só os meus planos ruins dão certo!), não estou suportando terceiro ano científico!

Aí segue o coro: "mas, Louise, você só teve quatro dias de aula, guria!!!". E eu respondo em tom lírico, soprano: "só que eu não queria que as férias acabassem, oras!!!". Quando eu estava no bem-bom de não ter de acordar às seis da madrugada, relaxando, não pensando em PISM, esquecendo as provas antigas do PISM, nem pensando nas próximas provas do PISM, sequer me recordando de que em janeiro eu faço PISM, nem mesmo sabendo que eu preciso me decidir logo por um curso superior no PISM, achando que PISM significava "Proteins at Interfaces, on Surfaces and in Membranes", vem o colégio pra me fazer pensar em PISM (vestibular - Programa de Ingresso Seletivo Misto)!

Desta vez eu vejo meu ex-professor de Física entrando na sala e anunciando em alto e bom tom "bem-vindos ao inferno" com mais razão do que nunca! Eis o inferno escolar!

E cabe aqui aquela expressão repetidamente usada por Juliana do BBB4, dita aos berros - ou soluços - por mim:

Ninguém merece!!!
Snif, snif!


"We don't need no education
We don't need no thought control...
Teacher, leave them kids alone!"

(Pink Floyd)

Lenine - Dois Olhos Negros.


PS.: Desculpem-me a demora na atualização do blog, mas as coisas andam meio sem inspiração por aqui. Levem em consideração minha ira, que absorve toda a capacidade criativa de minha pobre pessoa!

PPS.: Hoje à noite tem Edição #2 da e-magazine Metáphoras!. Não deixem de conferir!


.:: Por Louise Gracielle, às 3:37 PM.




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