
O que seríamos para o próximo?
A ponte que une os pontos distantes do outro ou o rio caudaloso que os separa?
Seríamos o início de todos os planos ou o obstáculo a eles?
Os sorrisos exaltados na alegria ou as lágrimas tranqüilizantes na tristeza?
Seríamos o visível compreensível ou o imaterial misterioso?
A chuva que refresca ou a que inunda no verão?
Aurora ou a escuridão de uma noite?
Fogo ardente da paixão? Gelo inquebrável?
Ímãs que se atraem ou que se põem de lado, quando estão frente a frente?
Seríamos a luz que revela as formas ou a que cega quando observada?
Seríamos um ponto isolado na imensidão de um espaço ou uma reta direcionada?
Deliciosa leitura de suspense ou tenebroso filme de terror?
Uma folha em branco a se completar? Páginas já definidas e imutáveis?
Sólido ou líquido que escorre por entre os dedos?
A felicidade efêmera ou o riso eterno?
Seríamos duas coisas opostas ao mesmo tempo? O amor e o ódio?
Representar o infinito no breve espaço de existir.
Eu sou, tu és, ele é, nós somos.
Pela ótica do outro, nem sempre somos o que desejaríamos ser...
"Eu queria ver no escuro do mundo
Onde está tudo que você quer
Pra me transformar no que te agrada...
Às vezes, te odeio por quase um segundo
Depois, te amo mais..."
(Paralamas do Sucesso)
PS.:
A uma semana do meu aniversário e já sinto meus neurônios assim tão velhos...
* Título copiado (sem autorização) de um poema de Carlos Drummond de Andrade.
Peter Gabriel - Steam.
.:: Por Louise Gracielle, às 9:49 PM.