Brokenídea


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Louise Gracielle.

Em 2010, milênios desde a última postagem no blog, com 22 anos. ;)

I've been stretching my
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.:: sexta-feira, março 04, 2005

   A Arte de Perdoar   

  • Sentimental, Eu Sou... #2

"Can you forgive me again?
I don't know what I said,
I never meant to hurt you..."

(Evanescence)

Quantas vezes, durante toda nossa difícil estadia no mundo da matéria, ouvimos esse mesmo pedido: "me perdoa?"? Podemos nos dizer saturados de pedidos de perdão, pendurados em dívidas ou como credores incríveis de um dom "divino humanizado" que é perdoar. Alguns jogam as desculpas para as mãos de Deus, com o belíssimo chavão "é Deus quem perdoa". Mas, sem estórias para boi dormir, perdão é a gente quem dá! Não?!

Você sabe perdoar? O que é perdoar pra você?

Essas perguntas talvez sejam umas das mais difíceis de serem respondidas, porque dependem do nosso estado emocional, da gravidade dos fatos e de nossos sentimentos por quem comete os deslizes. Porém, quando encaramos os fatos, percebemos que entre o "perdôo" e "não perdôo" não existe diferença alguma quando ainda somos capazes de lembrar o fato ocorrido. A velha história do "forgiven not forgotten" (perdoado, não esquecido) é mito, lenda, papinho manjado! Se algo está perdoado, é porque está esquecido! Se não foi removido da memória, então há remorso... E, todos nós sabemos, esquecer um acontecimento não é assim tão fácil, certo?

Aí que entra a mais nova teoria de uma mente espatifada como a minha: não existe perdão-profundo entre os humanos, apenas há a categoria superficial. Nesta, incluo as desculpas dadas de jeito forçado ou as que ainda deixam na memória o que se passou. Por mais que tentemos esquecer, não conseguimos, visto que ainda não nos dotaram de tecla delete. Reviramos fatos, pescando coisas do passado, mesmo que sem mencioná-las, mas tendo-as bem frescas à mente. Naquele grupo, estão os pequenos acidentes do dia-a-dia - como um safanão na cara da outra pessoa totalmente acidental, no meio da muvuca de adolescentes desesperados descendo a escadaria do colégio. Esses fatos a gente perdoa numa boa (apesar do vexame instantâneo)! Isso sim é que é perdão! Nem sequer ficaremos lembrando, dias (ou mesmo horas) mais tarde, o pequeno incidente!

Então é isso, perdoar é esquecer. O que é o nosso "perdão sem esquecimento" seria uma máscara sobre a verdade, uma tentativa de recomeçar, de dar mais uma chance... Talvez essa intenção de "dar mais uma chance" seja a mais nobre característica humana, mas o perdão...ah, não...o verdadeiro perdão inexiste na prática para os erros graves! E fica como clichê criticado, mas adotado: só Deus perdoa!


[momento pessoal]

Eu não sei de vocês, mas sou bastante rígida e cética em relação ao pedido de desculpas. Custo a acreditar nele e custo o dobro a concedê-lo. Acredito que as pessoas tenham de "pré-pensar" um trilhão de vezes seus atos, não agir por um impulso (ou instinto) irracional e estúpido. Se temos uma mente brilhante, devemos usá-la!

Isso não quer dizer que eu não me arrependa de coisas que já tenha feito, mas quando peço perdão, evito ao máximo tocar na ferida... E quando sou magoada por alguns amigos - o mais típico -, dependendo da gravidade do que dizem pelas minhas costas ou cara a cara, choro, esperneio e não consigo voltar a amizade ao que era antes!... Fazer o quê?!

[/momento pessoal]

"You're forgiven, not forgotten
You're not forgotten"

(The Corrs)

Paulinho Moska - Ímã.


.:: Por Louise Gracielle, às 5:53 PM.




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